Na semana passada estive no Nepal, país vizinho da Índia, e que possui voos saindo de Delhi com duração de menos de duas horas.
Para os indianos visitar o Nepal é algo normal, como se fosse para nós brasileiros ir até o Paraguai. Rs…
Pessoas com a nacionalidade de países participantes do grupo SAARC não precisam de passaporte para entrarem no Nepal, ou seja, os indianos podem viajar para este País apenas com a carteira de identidade.
Já os brasileiros, e vários outras nacionalidades, precisam pagar um valor em dólar, para conseguir o visto na chegada.
A quantia variará de acordo com os dias que deseja ficar no país. No meu caso, visto para 2 a 15 dias, tive que pagar 25 dólares.
Assim que descer do avião e entrar no aeroporto haverá alguns computadores/máquinas, que você precisa ir até os mesmos e realizar um cadastro, mencionando as suas informações, e tirar uma foto através da camera deste equipamento. A máquina emitirá um comprovante o qual você deverá entregar para o oficial do setor de visto, juntamente com o comprovante de pagamento da taxa, que também é paga próximo ao local onde há estas máquinas.
Além da facilidade de entrar no país, os indianos pagam mais barato para visitar os pontos turísticos, e até mesmo para pacotes de passeios turísticos.
Tá, ok…até ai tudo bem, mas o que eu fiquei mais chocada foi com o fato de que para visitar um Templo (Me refiro ao Pashpatinath Temple) em Kathmandu o local cobra um valor de cerca de 10 dólares para estrangeiros e a entrada é de graça para pessoas de países participante do grupo SAARC – e este valor nos dá permissão apenas para visitar ao redor do templo, pois a entrada no mesmo é proibida para estrangeiros, mesmo em caso deste ser casado com alguma pessoa que possua nacionalidade de um país membro do SAARC, e do estrangeiro ter trocado a nacionalidade e ter virado hindu.
Quando eu e o Dilip fomos “reeinvidicar” a minha entrada, o oficial nos informou que nem a Sonia Gandhi teve permissão de acessar o interior do Templo, e que o marido dela, na época o Primeiro Ministro da Índia, se recusou a entrar no Templo, e foram embora inconformados.
De qualquer forma, Kathmandu foi uma surpresa boa, pois estávamos esperando o pior, tendo em vista os terremotos que ocorreram no ano passado.
Sim, a cidade ainda possui muitos pontos destruídos, e há muita poeira no ar, fato que faz com que alguns habitantes utilizem máscaras o tempo todo.
Além destes pontos, vale informar que no momento o Nepal está passando por uma crise de abastecimento de petróleo e de botijão de gás, e por consta disto os táxis estavam caros e em muitos restaurantes havia opcões indisponíveis por conta da crise. Mais informações aqui.
Se você não possui muito tempo, mas mesmo assim deseja visitar alguns pontos turísticos, eu aconselho o Golden Temple próximo à Durbar Square em Patan.
A Durbar Square em Patan e em Kathmandu (há 3 no total, e todas são consideradas patrimônio da UNESCO):
E, caso tenha curiosidade, igual a mim, conhecer a Kumari, a qual é considerada entre os hindus e budistas, no Nepal, como uma Deusa, reencarnação de Taleju. Esta foto é de quando a visitei. Ela fica em uma casa bem simples, próxima à Durbar Square de Patan e não havia ninguém, a não ser dois adultos que penso que seja os pais dela, quando nós chegamos para visitá-la.
Dicas:
O bairro chamado Thamel é cheio de barzinhos e possui uma vida noturna interessante. Vale a pena jantar nesta região, ou passear de tarde, para adquirir souvenir e tomar café.
Como na Índia, você precisa pedir desconto em tudo o que for comprar nas ruas: souvenir e até pedir para os táxis cobrar menos.
Se você gosta de Cassinos, dá para visitar alguns em Kathmandu. Escutamos falar que o Casino Mahjong era legal, e passamos por lá para conhecer – em minha opinião ele é bem pequeno e sem muitos atrativos, mas mesmo assim estava lotado. (Curiosidade: não é permitida a entrada de locais, aberto apenas para estrangeiros).
Kathmandu é um Vale, ou seja, há muitas cidades coladas umas nas outras.
Infelizmente o meu itinerário foi bem curto, pois não tínhamos muito tempo, sendo assim, ficamos apenas em Kathmandu e fomos para Patan, mas há muito o que visitar no Nepal.
Eu queria muito ter ido para CHANGU NARAYAN (um dos monastérios mais antigos do Nepal), BHAKTAPUR (conhecida como a cidade dos devotos), POKHARA e NAGARKOT, mas ficará para uma próxima oportunidade. 😉
Se você pretende viajar ao Nepal, saiba que é tudo muito barato (a cotação de 1 dólar estava 104 rúpias nepalesas) e o país realmente está precisando aumentar o turismo, para melhorar a situação da população.
Olaa!estava sentindo falta de novos post.um abraço , e que venha novas histórias. Att Elaine Rangel
🙂 Você sempre muito carinhosa! Bjs
Eu li faz pouco tempo no blog do “Banjara Soul” sobre”kumari”hiper interessante,agora pagar e não poder entrar,RS.paciência, o país está precisando de atrair o turismo,para reerguer devido ao terremoto,seria uma bela oportunidade deles promoverem o turismo liberando a entrada,mas tradição e tradicao,estando no país deles temos tentar entender.
Belas fotos,um forte Abraço brasileiro
Att .Elaine Rangel
Oi Elaine, pois é! Pensa em uma pessoa brava quando passou por isto…Era eu!
Sim, concordo com você.
Beijos e abraços.
Maravilha !! Com certeza vamos conhecer o Nepal. Suas dicas sempre muito bem vindas. Breve estaremos chegando em New Delhi. Sera um prazer conhece-la.
Aperte nosso abraco! Namaste.
Oi Mauro e Ana,
Obrigada por acompanhar.
Me avise quando estiverem com a passagem marcada!
🙂
Abraços.
Namaste!! Obrigada!!! Amei saber sobre sua pequena viagem, e não havia ideia de que alguns templos são proibida a entrada para estrangeiros…interessante! Obrigada!!
Paz e Luz!
Oi Ana,
Sim. Eu já havia escutado que em Pushkar há um templo que a entrada para estrangeiros é proibida, mas nunca havia passado por isto.
Ser barrada na entrada por conta da sua nacionalidade não é nada legal.
Abraços e obrigada por comentar. 🙂
Adorei saber de sua viagem….estive no Nepal há mais ou menos 2 anos, quando estive na Índia e antes do terremoto. Tive oportunidade de visitar muitos templos e algumas cidades próximas a Kathmandu…Também adorei o país e em especial o povo nepalês….gentis e muito solícitos sempre!!
Obrigada Camila…bjs…
Maria Aparecida
Oi Maria!
Sim, os nepaleses são muito atenciosos. Gostei muito de lá e espero voltar em breve!
Beijos 🙂